quarta-feira, 27 de maio de 2009

Mudanças Climáticas

5/5/2009
Por Por Raimundo Calado
O mundo inteiro esta se conscientizando que a poluição atmosférica causada por queimadas de florestas e plantações, queima de combustíveis fosseis, poluentes químicos e ate os gases emitidos pelos bovinos esta provocando um desequilíbrio climático grave cujas conseqüências são no mínimo imprevisíveis.
No entanto analisando tão somente o que se passa no setor de ar condicionado e refrigeração a única coisa que podemos ter certeza e que as mudanças virão e com força total. Vamos ter elevação dos níveis dos oceanos, morte do plâncton etc...
O setor que deu a partida a todo esse movimento foi exatamente o setor de ar condicionado e refrigeração com o Protocolo de Montreal. Ao ver a agressão a camada de ozônio todos se mobilizaram para mudar essa situação.
No Brasil não e assim, no inventario nacional de gases efeito estufa, os fluidos refrigerantes não são levados em consideração e isso é muito preocupante.
O Brasil importa perto de 15 mil toneladas de gases anualmente. Considerando que metade vai para a fabricação de produtos novos teríamos 7500 toneladas destinadas ao setor de serviços/manutenção. A isso temos de acrescentar o gás existente nos aparelhos descartados por idade ou por obsolescência e podemos supor que o total de gases jogados na atmosfera anualmente é aproximadamente equivalente a 30 milhões de toneladas de CO2 para calculo do efeito estufa.
Um quilo de R22 (gás mais usado hoje no pais) jogado na atmosfera equivale para efeito estufa ao CO2 gerado por um carro, em uso diário numa cidade como SP, em um ano
Ora isso nem consta do inventario de gases de estufa brasileiro. O programa brasileiro de eliminação dos CFC´s que supostamente deveria estar recolhendo e reciclando os gases usados no setor de manutenção tem resultados tão pequenos que o total reciclado no pais não deve chegar a 20 toneladas de fluidos refrigerantes por ano ou o equivalente a 0,25% do total usado.
Seria para rir se não fosse triste. O programa esta tão bem controlado para atingir a meta oposta ao que se propõe que as empresas que queiram reciclar gases encontram obstáculos quase intransponíveis e não recebem ajuda. As empresas apoiadas pelo programa e que receberam um investimento equivalente a 300 mil dólares não reciclam nem 0,02% .
Não há duvida o que comanda tudo são os interesses econômicos. Vender gás novo e mais importante que o preceito da precaução. Mais parece que o Protocolo de Montreal e o de Kyoto estão sendo usados no caso da refrigeração como um tremendo marketing para mudar os gases usados anteriormente por substancias novas e mais caras. Eles se tornaram melhor diretor de vendas dos fabricantes de gases.
Não satisfeito com a proeza acima o governo esta preparando um aprimoramento. Aproveitando o programa de troca de geladeiras velhas a pretexto de economizar energia e preocupado com o gás existente dentro dos equipamentos recebidos em troca dos novos o governo quer apoiar grandes grupos para que eles desmanchem as geladeiras recolhidas. Para isso terão de ser importadas maquinas caras e os pequenos desmanches serão alijados do processo. Tudo em nome do meio ambiente. Mas analisemos essa idéia do governo se tivermos uma grande maquina onde será instalada? Será provavelmente em SP e a geladeira do Maranhão vai ter de vir queimando combustível fóssil , usando estradas e caminhões provocando uma agressão ao meio ambiente talvez maior que a liberação do próprio gás.
Pior os desmanches continuarão sem receber apoio e usando técnicas arcaicas. Se isso e o que esta programado só Deus sendo brasileiro e morando aqui para nos ajudar.
As gerações futuras poderão testemunhar os efeitos da nossa inconsciência.

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