terça-feira, 30 de novembro de 2010

DOAÇÕES DA ONG MEAM EM 2010.

A ONG MEAM neste mês de novembro visitou alguns amigos em busca de apoio para realização de doações de cestas básicas, sacolões e brinquedos aos irmãos menos favorecidos, às quais serão entregues neste mês de dezembro! Como é feito ao longo destes cinco anos de existência. Neste percurso tem se contado com os amigos da ONG MEAM, que são sempre os nossos parceiros: “Marcio Aurélio Lessa Aguiar, o Leco; Denisa Moveis, Direção Moadir Santana; Bigode Veículos; Fábrica de Doces Rocha Fidelense, Direção Paulinho; Marquinho da Quitanda; Compre Bem, Direção Genário; Posto do Edalmo, Direção Edalmo; Quitanda do Luiz na Destilaria, Direção de Luiz; Fidelense Peças e Acessórios; Amaro Corretor; Padaria Cezário, Nelson do Posto, Chalé da Mercearia, Torresmo Motos de São Fidélis, Associação Comercial”. As pessoas que ajudamos são menos favorecidas, que estão passando uma fase difícil, nesta época de paz, amor ao próximo e confraternização.

Poderíamos fazer mais, se outras pessoas fizessem o mesmo, no entanto, graças a Deus, ainda temos pessoas que pensam no próximo dividindo o pão com seus irmãos.

Sendo assim, eu Genilson de Souza Cabral nº 006, presidente da ONG MEAM, em nome de todos os integrantes desta organização, agradeço a todos, desejando um feliz natal e prospero ano novo!

Obs.: Se desejares fazer alguma doação, basta procurar na nossa sede: Av. Sete de Setembro, nº 156, Altos, Centro, São Fidélis – RJ, por Ferreira ou Genilson, ou Tel. (022) 9946-4220 ou 98754934, agradecemos sua colaboração.

Genilson de Souza Cabral nº 006
Presidente da ONG MEAM.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Astrônomos descobrem mudança climática em escala cósmica

Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/11/2010
Este gráfico mostra a temperatura do meio intergaláctico quando o Universo tinha entre um e três bilhões de anos, sobreposta com uma impressão artística do surgimento das galáxias. A região sombreada mostra a faixa de possíveis temperaturas, medidas pela equipe.[Imagem: Amanda Smith / IoA]

Aquecimento cósmico
Uma equipe de astrônomos encontrou indícios de que o Universo pode ter passado por uma tendência de aquecimento no início de sua história.
Eles mediram a temperatura do gás que se encontra entre as galáxias e encontraram uma indicação clara de que sua temperatura aumentou de forma constante durante o período entre um décimo e um quarto de sua idade atual.
Essa mudança climática cósmica foi provavelmente causada pela gigantesca quantidade de energia gerada pelas jovens galáxias, muito ativas durante essa época.
"No início da história do Universo, a grande maioria da matéria não estava em estrelas ou galáxias," explica o astrônomo George Becker, da Universidade de Cambridge. "Ao contrário, ela estava espalhada na forma de um gás muito fino que preenchia todo o espaço."
Registro fóssil do clima cósmico
A equipe liderada por Becker foi capaz de medir a temperatura desse gás utilizando a luz de objetos distantes, chamadas quasares.
"O gás, que fica entre nós e o quasar, acrescenta uma série de marcas à luz desses objetos extremamente brilhantes," explica Becker."Analisando como essas impressões bloqueiam parcialmente a luz dos quasares podemos inferir muitas das propriedades do gás absorvente, tais como onde ele está, do que é feito e qual é a sua temperatura."
A luz do quasar que os astrônomos estudaram tem mais de dez bilhões de anos de idade no momento em que chega à Terra, tendo viajado através de vastas áreas do universo. Cada nuvem de gás intergaláctica que a luz atravessou durante essa jornada deixou sua própria marca, e o efeito acumulado pode ser usado como um registro fóssil da temperatura no início do universo.
"Assim como o clima da Terra pode ser estudado através de núcleos de gelo e anéis de árvores," explica Becker, "a luz dos quasares contém um registro da história do clima do cosmos."
É claro que há grandes diferenças de magnitude nessas medições de temperatura. "Um bilhão de anos após o Big Bang, o gás que medimos tinha uma temperatura bem 'fria' de 8.000 graus Celsius. Três e meio bilhões de anos mais tarde a temperatura havia subido para pelo menos 12.000 graus Celsius," diz o astrônomo.
Padrão do clima cósmico
A tendência de aquecimento contraria o "padrão normal" atribuído ao clima cósmico. Segundo as teorias atuais, o Universo deveria esfriar ao longo do tempo. À medida que o cosmos se expande, o gás deve ficar mais frio, como o gás que escapa de uma lata de aerossol.
"Os prováveis culpados desse aquecimento intergaláctico são os próprios quasares," explica Martin Haehnelt, coautor do estudo. "Durante o período da história cósmica estudada pela equipe, os quasares estavam se tornando muito mais comuns. Esses objetos, que se acredita serem buracos negros gigantes engolindo matéria no centro das galáxias, emitem enormes quantidades de luz ultravioleta de alta energia. Esses raios UV teriam interagido com o gás intergaláctico, criando o aumento da temperatura que observamos."
Bibliografia:
Detection of Extended He II Reionization in the Temperature Evolution of the Intergalactic Medium
G. D. Becker, J. S. Bolton, G. M. Haehnelt, W. L. W. Sargent
Monthly Notices of the Royal Astronomical Society
November 2010
Vol.: In Press

http://arxiv.org/abs/1008.2622

sábado, 28 de agosto de 2010

O que os capixabas pensam sobre Mudanças Climáticas?

De modo a conhecer o perfil de percepção ambiental da sociedade frente à problemática (causas, efeitos, prós e contras) das Mudanças Climáticas, tendo como base a Região da Grande Vitória, ES - municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica - o Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA (grupo sem fins lucrativos), desenvolveu uma pesquisa (35 aspectos abordados) com 960 pessoas (+ - 3% de erro e 95% de intervalo de confiança), com o apoio da Brasitália Mineração Espírito Santense.
Metade dos entrevistados foi de pessoas com formação católica e, os demais, evangélica. Apesar  de a amostra ter sido constituída dessa forma o objetivo da pesquisa não visa individualizar os resultados para cada segmento religioso em questão. Em um segundo estágio da análise dos dados (banco de dados do SPSS) isso ocorrerá, quando serão explicitadas diferenças de percepção ambiental dos dois grupos – católicos e evangélicos – mas sem nominar a origem de formação religiosa dos membros da amostra.
Os entrevistados admitem ler regularmente jornais e revistas (48,1%), assistem TV (58,3%), não participam de Audiências Públicas convocadas pelos órgãos normativos de controle  ambiental (88,9%), bem como de atividades ligadas ao Meio Ambiente junto  às comunidades (não – 43,2% / não, mas gostaria – 39,7%), apresentam um reduzido conhecimento das ONGs ambientalistas (4,9%), não acessam (72,8%) sites ligados à temática ambiental (19,1% não tem acesso a computador), além de indicarem o baixo desempenho das lideranças comunitárias no trato das questões ambientais (29,2% / sendo que 40,0% admitem não conhecer as lideranças de suas comunidades),  e admitem interesse por temas ligados à temática ambiental (42,3% / 44,2% apenas às vezes).
Admitem conhecer termos (não verificada a profundidade do conhecimento assumido) como biodiversidade (63,6%), Metano (51,7%), Efeito Estufa (81,3%), Mudanças Climáticas (84,7%), Crédito de Carbono (26,0%), Chuva Ácida (57,8%), Agenda 21 (16,5%), Gás Carbônico (60,9%), Clorofuorcarbonos (36,6%), Aquecimento Global (85,4%), bicombustíveis (74,1%), Camada de Ozônio (74,3%) e Desenvolvimento Sustentável (69,5%), com 70,0% do grupo relacionando às atividades humanas às Mudanças Climáticas e que a mídia divulga muito pouco os temas relacionados ao meio ambiente (44,2%), apesar da importância do tema.
A ação do Poder Público em relação ao meio ambiente é considerada fraca (48,2%) ou muito fraca (30,2%), os assuntos ligados à temática ambiental são pouco discutidos no âmbito das famílias (60,1% / 15,5% admitem nunca serem discutidos), enquanto a adoção da prática da Coleta Seletiva só será adotada pela sociedade se for através de uma obrigação legal (34,3%) e que espontaneamente apenas 35,7% adotariam o sistema. Indicam que os mais consumos de água são o “abastecimento público” (30,3%), seguido das “indústrias” (22,9%) e só depois a “agricultura” (10,7%), percepção inversa a realidade.
Em análises em andamento, os resultados da pesquisa serão correlacionados com variáveis como  “idade”, “gênero”, “nível de instrução”, “nível salarial”, “município de origem”, entre outras, contexto que irá enriquecer muito a consolidação final dos resultados, aspectos de grande importância para os gestores públicos e privados que poderão, tendo como base uma pesquisa pioneira no ES, definir ações preventivas e corretivas voltadas ao processo de aprimoramento da conscientização ambiental da sociedade.
É importante explicitar que, com o apoio do NEPA, está pesquisa já está sendo iniciada em outras capitais. O grupo está aberto a realizar parcerias de modo a assegurar, progressivamente, o conhecimento do perfil nacional da sociedade em relação à temática das Mudanças Climáticas. Não há como ignorar, se é que ainda não se deu a plena atenção a este fato, a importância da participação consciente da sociedade nas discussões que envolvem este importante tema.
Roosevelt S. Fernandes, M. Sc.
COEMA – CNI
CONSUMA – FINDES
COMARH - FAES
Núcleo de Estudos em Percepção Ambiental / NEPA
Fonte:http://www.portaldomeioambiente.org.br/component/content/article/1101-pesquisa/5008-o-que-os-capixabas-pensam-sobre-mudancas-climaticas.html

domingo, 25 de julho de 2010

Países que integram o Basic discutem formas de conter aquecimento global


Sex, 23/Jul/2010 00:00 Mudanças climáticas
Melissa Silva
O Rio de Janeiro sedia, nesta semana, a quarta reunião do Basic (grupo formado por Brasil, África do Sul, Índia e China) para discutir assuntos de interesse comum sobre as mudanças climáticas. Por sugestão da Índia, o tema de debate será a equidade e a divisão global do espaço de carbono.

A rodada de discussões começa com os peritos e negociadores nos dias 23 e 24 de julho, e é seguida por reunião de ministros nos dias 25 e 26. O encontro acontece no Solar da Imperatriz, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Nos dias 27 e 28, os ministros participantes visitam a Floresta Nacional do Tapajós, localizada na cidade amazônica de Santarém (PA).

Durante a reunião serão discutidos os possíveis critérios para estabelecer quanto cada país ainda poderá emitir. O Brasil reconhece que 2º C é o máximo que pode haver de aumento da temperatura média do planeta em relação ao período pré-industrial. Isso significa que esse limite não poderia ser ultrapassado. No entanto, a concentração de gases na atmosfera tem favorecido o aquecimento.

"Para que o aumento da temperatura não ultrapasse os 2º C, a atmosfera não pode receber mais do que certa quantidade desses gases, como se fosse uma piscina que, ultrapassado o limite, transborda. O volume da piscina cheia seria o que chamamos de 'espaço de carbono'. Dependendo do aumento de temperatura admitido, essa piscina é mais ou menos funda. Quando se fala que 2º C é o máximo aceitável, se define um volume na atmosfera, chamado espaço ou orçamento de carbono. Esse espaço, sendo finito, tem de ser repartido", explica Branca Americano, secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente.

Branca explica que, no momento, tanto na Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima quanto no Protocolo de Kyoto, os países desenvolvidos têm de reduzir suas emissões, mas não existe nada em relação aos países em desenvolvimento, o que significa que eles estão liberados para emitir. "O argumento dos países desenvolvidos é que mesmo que eles zerem suas emissões, essa piscina vai transbordar, pois os países em desenvolvimento, como a China, Índia e Brasil estão crescendo de forma significativa, mas sem restrições às suas emissões. Por isso, eles querem um compromisso mais restritivo para os países em desenvolvimento", esclarece.

Já os países em desenvolvimento argumentam que o problema foi criado pelos países desenvolvidos e, portanto, cabe a eles promoverem essas reduções, tanto domesticamente quanto apoiando ações nos países em desenvolvimento.

Equidade - A discussão sobre equidade vai abordar os vários critérios de como e quanto cada país poderá emitir. A Índia, por exemplo, tem uma proposta baseada nas emissões per capita e gostaria que fosse adotada pelo Basic nas negociações da Convenção do Clima. "Cada indiano, de fato, emite muito pouco, pois se dividirmos a quantidade total de emissões da Índia pela sua população, a emissão per capita é baixa, pois eles são muitos e consomem pouco, assim como na China, que também tem uma população monumental", explica a secretária Branca.

As emissões per capita do Brasil não são altas, pois a matriz energética brasileira tem alto percentual de energia renovável e a redução do desmatamento também contribui para reduzi-las. O País seria mais beneficiado, e o mundo como um todo, com regras que levassem em conta mais do que um critério.

Os japoneses preferem critérios que levem em consideração a intensidade de emissões do PIB, já que são muito eficientes. A África do Sul, por sua vez, propõe um modelo que inclui outros critérios, como nível de desenvolvimento, contribuições históricas, entre outros.

O Brasil elaborou a proposta da responsabilidade histórica que parte do princípio do "poluidor pagador". Nela, os países que emitiram durante anos e provocaram a situação atual deveriam ser responsabilizados e sujeitos a reduzir suas emissões, sem exigir que os países que começaram a se desenvolver agora tenham que limitar suas emissões. "Provavelmente, a solução será uma composição desses e outros critérios. Existem várias propostas com combinações desses critérios, excluindo os países que estejam abaixo de um determinado patamar de pobreza", comenta Branca.

Pauta - Na reunião, os ministros ainda poderão conversar sobre os vários temas das negociações, dentre os quais as impressões em relação ao texto recentemente produzido pela presidência do grupo de trabalho de longo prazo no âmbito da Convenção do Clima (Long Term Cooperative Action), que será discutido no próximo encontro, em Bonn, na Alemanha, de 2 a 6 de agosto. A próxima reunião do Basic será em outubro, na China.

Quando: 23 a 26 de julho

Onde: Solar da Imperatriz, Jardim Botânico, Rio de Janeiro-RJ

Fonte: Imprensa.mma

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ambientalistas querem adiar discussão sobre Código Florestal; ruralista discordam

Parlamentares ambientalistas e organizações não governamentais defenderam ontem (6) o adiamento da discussão sobre alterações no Código Florestal para 2011, após as eleições. No entanto, se depender do relator da Comissão Especial da Câmara que analisa as mudanças, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), o assunto deve ser encerrado antes de outubro.
Rebelo disse ontem (6) que pretende apresentar seu relatório ainda este mês. “Os ambientalistas têm todo o tempo do mundo, os produtores rurais não. Eles têm uma safra todo ano para colher. A safra dos produtores rurais não depende da ajuda dos governos europeus, depende do trabalho deles, ao contrário dos ambientalistas”, disse.
ONGs e parlamentares da Frente Ambientalista temem que a mudança na legislação ambiental em época de eleições seja usada como moeda de troca por parlamentares ligados ao agronegócio para garantir apoio em suas bases.
“A bancada ruralista permeia toda a base aliada. Podem chantagear o governo e têm enorme pode de fogo”, argumentou o deputado Ivan Valente (P-SOL-SP), após participar de audiência pública da comissão especial.
O debate terminou mais uma vez em bate-boca. O deputado Sarney Filho (PV-MA) se irritou quando o colega Anselmo de Jesus (PT-RO), que presidia a sessão, disse que ia encerrar a audiência por causa de uma reunião fechada para discutir o relatório de Aldo Rebelo.
“Essa reunião é excludente ou é aberta para os outros deputados?”, questionou Sarney Filho. “Não vou pegar ninguém no colo para levar para reunião. Não é uma reunião pública, é uma obrigação nossa, que andamos esses estados todos, e não de outros que nem descolaram a bunda da cadeira”, respondeu Anselmo de Jesus.
Coube ao ruralista Moacir Micheletto (PMDB-PR), presidente da comissão, acalmar os ânimos. “Será uma reunião eminentemente técnica. Fiquem tranquilos porque nada está sendo feito nos subterrâneos”, disse.
Reportagem de Luana Lourenço, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 07/04/2010
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quinta-feira, 18 de março de 2010

O arquiteto e a crise ambiental e climática

Qua, 10/Mar/2010 01:06 Maurício Andrés Ribeiro
Maurício Andrés Ribeiro - Palestra sobre o livro Ecologizar, 4ª edição, lançado na posse do IAB-MG, em Belo Horizonte, em 10 de março de 2010. - www.ecologizar.com.br / mandrib@uol.com.br Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Em 1972 se realizou a conferência de Estocolmo sobre o ambiente humano. Na década de 70 houve as crises do petróleo, que chamaram a atenção para a finitude desse recurso e para a necessidade de se repensar a matriz energética. (Figura – Fritjof Capra)

Nós arquitetos, fomos chamados a pensar a arquitetura bioclimática e o tema da energia e em como projetar com o clima, a ventilação, a iluminação a sombra e o ar na arquitetura tropical.
Diante da crise climática e ambiental, cresceu a consciência da necessidade de agir para neutralizar ou contrabalançar os processos destrutivos que ocorrem no planeta e para evitar custos maiores associados com a não ação. Essa percepção e consciência no Brasil tiveram um primeiro impulso na Rio-92.Em 2007, o tema climático entrou com força na agenda. A partir daquele ano, no mundo todo, houve uma explosão de consciência, induzida pelos relatórios do IPCC Painel Intergovernamental sobre mudanças climáticas que afirmavam que inequivocamente a ação humana as causava; e por filmes que comunicavam de forma clara esses problemas tais como Uma verdade inconveniente, de Al Gore, e O dia depois de amanhã, de Roland Emmerich. O IPCC – Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas identificou na área do ambiente construído grandes possibilidades para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
O tema ambiental deixou de ser periférico, de interesse de uma minoria, por razões de ética ecológica e defesa da vida; passou a ser central, com forte componente econômico e de segurança, pois cresce a percepção dos custos e dos riscos envolvidos com as mudanças climáticas.
Nossa atividade profissional está influenciada por inúmeras forças que a condicionam e das quais pode ser difícil escapar. Há condições de contorno que levam o arquiteto a propor certas soluções. De certa maneira, ele é a ponta de um iceberg que se move a partir de poderosas correntes movidas pelas imobiliárias, as construtoras, a indústria de materiais de construção, as instituições de pesquisa e educacionais; os governos com seus códigos e regulamentos, a mídia que modela o gosto dos clientes dos arquitetos. Mudar tais condições de contorno é necessário e precisamos estar conscientes de quais são elas.

Cresce a importância da responsabilidade dos arquitetos na gestão da crise ambiental, pois a população mundial, cada vez mais urbanizada, exige respostas criativas para que viva com conforto e com baixa emissão de carbono e de gases de efeito estufa.

Os arquitetos têm possibilidades de atuar nos dois grandes tipos de ações relacionadas com as mudanças climáticas: ações de adaptação e de mitigação. No campo da adaptação, preparando as edificações para resistirem a eventos climáticos cada vez mais fortes e extremos – tufões, ventanias, furacões etc. Frei Rosário, na Serra da piedade, dizia que usava ali o coeficiente monástico de segurança: ele reforçava os ferros e o concreto para evitar que o clima e os ventos danificassem as obras.
Ainda no campo da adaptação é relevante evitar a ocupação do solo em áreas de risco – fundos de vales sujeitos a enchentes e a inundações, encostas íngremes sujeitas a deslizamentos e desmoronamento. E cada vez mais, áreas que não eram de risco passam a ser arriscadas de serem ocupadas. Vimos recentemente as fotos do tsunami no Chile, pós terremoto, que mostram barcos grandes dentro das cidades, arrastados pelas ondas.
Um tema ecosocial é o da exclusão territorial ou espacial. A exclusão dos lugares, pessoas sem lugar no mundo da propriedade privada, sem casa, sem terra, sem teto, sem lugar ao sol - e esse é um tema da maior relevância num país extremamente desigual socialmente como o Brasil. Alem disso, há a questão da acessibilidade física aos prédios e da eliminação de barreiras arquitetônicas para aqueles portadores de necessidades especiais: uma escadinha pode complicar a vida, assim como calçadas esburacadas, transportes públicos inadequados...
No campo da mitigação, ou das medidas e ações para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, são relevantes e estão dentro das possibilidades criativas dos arquitetos a arquitetura de baixo carbono, o ecodesign, a arquitetura ecológica, na qual se possa obter condições de conforto ambiental, térmico, luminoso, acústico – com o mínimo de gasto de energia.
Os arquitetos projetam, normalmente, levando em consideração aspectos estéticos e plásticos, aspectos de custos e prazos de execução das obras. Mas precisam cada vez mais ser ecologicamente conscientes de que o seu ato de projetar provoca impactos ambientais, sobre o consumo de energia, sobre o clima. O arquiteto ecologicamente consciente e responsável leva em consideração tais aspectos quando escolhe um partido arquitetônico, quando posiciona a edificação no terreno, quando conhece os ventos dominantes e a direção do sol, quando especifica materiais. Assim também, em todas as operações envolvidas na concepção, no detalhamento de um projeto arquitetônico ou urbanístico e no acompanhamento de sua execução.
Somos membros de uma mesma espécie de homo sapiens, que toma consciência de que suas ações causam impactos, mudam o ambiente e o clima do planeta, passa a ter um papel cada vez mais importante como gestora da evolução.
Nessa condição, podemos usar os conhecimentos profissionais de cada profissão e da nossa, para agirmos de forma ecológica e climaticamente consciente e responsáveis e não sermos levados pelas ondas do mercado.
Como arquitetos, dispomos de um cabedal de conhecimentos e de sensibilidade e criatividade para ajudar a criar o ambiente construído com baixa intensidade de carbono, que provoque o mínimo de impactos ambientais negativos sobre a natureza e sobre o clima. O arquiteto consciente da natureza, o arquiteto que faz arquitetura como cultura – não apenas a arquitetura do passado como nossas cidades históricas, Ouro Preto, Tiradentes – são patrimônio cultural, mas também a arquitetura que se faz hoje é cultura. E não pode ser apenas reduzida a mercadoria com valor econômico no mercado imobiliário.
As cidades e o ambiente construído vêm sendo reduzidos à sua dimensão econômica e imobiliária. Eles precisam ser vistos como produtos culturais e sua qualidade ser valorizada. Especialmente nesse início do século XXI, a crise climática, ecológica e ambiental nos chama para darmos nossa contribuição na construção de respostas criativas para os mega problemas com que nos defrontamos.
Podemos aprender com a arquitetura que se fazia no período pré energia elétrica – a arquitetura colonial mineira, a arquitetura indígena nos inspiram com conceitos e soluções que podem ser conhecidas e cujos princípios podem ser aplicados na arquitetura contemporânea.
Não vivemos mais num mundo de energia abundante e barata como aquele percebido na primeira metade do século XX que produziu a arquitetura moderna. Vivemos num mundo marcado pela crise climática e ecológica, pelo adensamento demográfico, pela explosão urbana e precisamos aprender a fazer uma arquitetura e um urbanismo que dêem respostas criativas aos desafios do século XXI.
Os arquitetos têm um papel importante na ecologização da produção das cidades, para que possamos profissionalmente contribuir para enfrentar o desafio ecológico com que nos defrontamos nesse momento de nossa evolução sobre o planeta Terra.

Fonte:http://www.portaldomeioambiente.org.br/coluna-mauricio-andres-ribeiro/3490-o-arquiteto-e-a-crise-ambiental-e-climatica-.html

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Quarto ano de aniversário da ONG MEAM.

A ONG MEAM convida a todos para comparecer ao seu 4º aniversário, onde haverá uma comemoração ao som do grupo de pagode: " Jeito de Bamba", a partir das 18:00 horas, no CEACASTE, Centro de Educação Ambiental, Cultural, Artistico, Social, Turistico e Esportivo da ONG MEAM, localizada na Rua Cicinio Faria nº 356, Bairro São Vicente de Paulo, São Fidélis - RJ. Venham comemorar conosco.
Genilson de Souza Cabral nº 006
Presidente da ONG MEAM.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Ação pela Mata Atlântica realiza o plantio de 46 mil mudas em um dia no estado

Qua, 23/Set/2009 12:50 Geral
O maior plantio simultâneo de árvores da Mata Atlântica dentro de um só estado foi realizado nesta segunda-feira (21/9) em vários municípios do Rio de Janeiro. Ao todo, foram plantadas 46 mil mudas em um único dia. O evento "O Dia C- Carbono Zero Rio 2016" foi organizado com o objetivo de abater a emissão de gases de efeito estufa que serão gerados durante a candidatura do Rio à sede dos Jogos Olímpicos. O projeto brasileiro para as Olimpíadas de 2016 prevê o abatimento de todas as emissões durante a operação do evento. A ação contou com as presenças do ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, do superintendente do Comitê Olímpico, Carlos Martins, do presidente do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Liszt Vieira, e da secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos.Também houve a assinatura de um abaixo-assinado, promovido pela Campanha Tic Tac, que pretende recolher 6 milhões de assinaturas em todo mundo, sendo que 500 mil apenas no Brasil. Liderada no País pelo músico Tico Santa Cruz, da banda Detonautas, dentre outras personalidades, a iniciativa pretende pressionar governantes em todo planeta a assumirem compromissos de políticas públicas que promovam a redução dos gases de efeito estufa, bem como a aprovação de mecanismos de REDD e a promoção do desenvolvimento social.Simultaneamente, foi iniciado o plantio de 3.580 mudas no Parque da Pedra Branca, doadas pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Todas as prefeituras do estado foram contatadas e cada uma se comprometeu a plantar, no mínimo, 500 mudas de espécies nativas do bioma local.Esse pacto socioambiental visa à restauração da Mata Atlântica, hoje restrita a apenas 8% de sua cobertura original, numa luta conjunta a favor da biodiversidade e contra o aquecimento global e as mudanças climáticas. A iniciativa envolve estudantes, prefeituras, ONGs, empresas e sociedade civil.O ministro Minc disse que "o mais importante, além de plantar, é adotar uma árvore". Ele explicou que a manutenção e conservação são fundamentais no processo de desenvolvimento da vegetação, pois somente quando a árvore cresce é que ela consegue capturar o carbono existente na atmosfera. "Temos de reciclar o pensamento e o comportamento de toda a sociedade", defendeu.Carlos Minc também ressaltou o projeto ICMS Verde, que destina maiores recursos deste imposto aos municípios que criarem parques e unidades de conservação.O ministro disse que o Brasil vai defender em Copenhague a criação de um Fundo Climático, com um aporte de 400 bilhões de dólares que serão investidos nos países em desenvolvimento.Também houve a comemoração do primeiro ano do projeto "Contador de Árvores da Mata Atlântica", um medidor computadorizado que registra cada plantio de muda no estado. Implementado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o equipamento recebe as informações via internet. Até o dia 26 de agosto, o aparelho contabilizou cerca de 3 milhões de mudas plantadas no estado.O DIA C será realizado também em 2010, com uma meta de plantio de 1 milhão de árvores.Olimpíadas 2016 - O Rio de Janeiro concorre à sede dos Jogos Olímpicos de 2016 com as cidades de Madri, Chicago e Tóquio. A escolha da cidade acontecerá no dia 2 de outubro, em Copenhague, na Dinamarca, durante sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI).O superintendente de operações do Comitê Olímpico, Carlos Martins, explicou que o Rio é a única cidade a apresentar um projeto de emissão de carbono zero durante a realização dos jogos, o que pode ser um fator importante na escolha do País como sede das Olimpíadas.A neutralização dos gases emitidos pela candidatura Rio 2016 também será feita em várias instalações esportivas dos jogos, incluindo o X-Park, um local de esportes radicais, na região de Deodoro. A iniciativa vai unir a prática esportiva, desenvolvimento urbano e a preservação do meio ambiente em uma das áreas mais carentes do estado.
Fonte: Portal REMADE / Envolverde / MMA.

sábado, 22 de agosto de 2009

Coreanos interessados em reciclar lixo catarinense

Quarta-feira (08), uma comitiva sul-coreana, composta por representantes do governo daquele país e técnicos da empresa Forcebel, chegou a Palhoça, para dar início ao processo de instalação de uma usina de lixo reciclável. Os profissionais orientais permanecem na cidade entre 15 e 30 dias após a chegada e terão a missão de identificar o tipo de lixo produzido na Grande Florianópolis. A unidade a ser construída em Palhoça poderá atender a toda a região metropolitana.O anúncio da construção da nova planta já havia sido feito pelo prefeito do município, Ronério Heiderscheidt, após uma viagem feita a Seul, na Coreia do Sul, em maio. Para o governante, a solução para a produção de lixo e o fim do aterro sanitário será a instalação da usina industrial de reciclagem. Nela, todo o material resultante das operações da região poderá ser reaproveitado para novos componentes.Para se ter uma idéia de quantidade, a região metropolitana de Florianópolis produz por dia mil toneladas de lixo. Como informado, Palhoça será o primeiro município no ocidente a utilizar a moderna tecnologia coreana destinada para reciclar o lixo. Um acordo oficializado em maio de cooperação entre a cidade de Palhoça e o governo da Coreia para o desenvolvimento do primeiro Complexo Industrial de Reciclagem de lixo no município. O investimento total é de R$ 22 milhões.A aposta é que este seja um passo importante para a solução definitiva do lixo na região metropolitana, sendo também uma ação social. "Além do beneficio ao meio ambiente, essa usina vai gerar emprego e renda e dar dignidade para aquelas famílias que dependem do lixo para sobreviver”, avalia Ronério.
Fonte: Maxpress net

A mágica reciclagem sul-coreana

Ana Echevenguá, advogada ambientalista, coordenadora do programa Eco&Ação, presidente do Instituto Eco&Ação e da Academia Livre das Água, e-mail
ana@ecoeacao.com.br
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, website: www.ecoeacao.com.br.
O lixo e a limpeza urbana, no Brasil, movimentam anualmente cerca de R$ 17 bilhões. Dados fornecidos por João Carlos David, presidente da ABRELPE - Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais. A coleta de resíduos domiciliares, segundo ele, passou de 140,9 mil toneladas/dia em 2007 para 149,1 mil toneladas/dia em 2008 (e mais de 20 mil toneladas diárias de lixo não são coletadas). Um filão deste mercado bilionário irá para as mãos dos sul-coreanos. A empresa Forcebel - da Coréia do Sul - vai instalar uma usina de reciclagem de resíduos urbanos na Grande Florianópolis-SC, cuja produção de lixo corresponde a mil toneladas/dia.O Prefeito da Palhoça, Ronério Heiderscheidt, abriu as portas de sua cidade e firmou acordo de cooperação com o governo da Coréia do Sul para a implantação do Complexo Industrial de Reciclagem de Lixo, com investimento de R$ 22 milhões (valor da máquina coreana produzida pela Forcebel*). Disponibilizou ainda uma área de 54 mil metros quadrados, na região de Tapuia, para sediar o projeto. Assim, Palhoça será o primeiro município do ocidente a utilizar essa tal tecnologia sul-coreana. Segundo Ronério, "além do beneficio ao meio ambiente, essa usina vai gerar emprego e renda e dar dignidade para aquelas famílias que dependem do lixo para sobreviver"**. Sem catadores de lixo nas ruas, a coleta será feita somente por caminhões e, após a separação mecânica dos resíduos, todo o material resultante das operações da região poderá ser reaproveitado para novos componentes*** e/ou ser vendido pela associação de catadores vinculada ao projeto. Com isso, o fluxo do trânsito e a renda das pessoas envolvidas sofrerão impacto positivo imediato. E a Prefeitura poderá conquistar a certificação do ISO 14001. O presidente da Forcebel - Na Kyung Duk - afirma que a Coréia do Sul recicla até 90% do seu lixo. Se isso for verdade, os aterros sanitários estão com os dias contados e os empresários do lixo fadados à falência? Parece que não... há fortes indícios de que a CAVO (do Grupo Camargo Correa, responsável pelo lixo da Grande Curitiba) está implantando um aterro sanitário na Palhoça. Assim como os coreanos, a CAVO quer encher os bolsos com o dinheiro do lixo da Grande Florianópolis. Por essas e outras; e por saber das fraudes e falácias dos projetos de reciclagem implantados no Brasil, as 'boas-novas' da Forcebel devem ser recebidas com muita, muita cautela..
fonte: - http://www.juridicobrasil.com.br/portal/index.php?tipo=2&cod=2&id_noticia=253776 http://istepo.com/index.php/Main/visNoticias/1515***http://www.reciclaveis.com.br/noticias/00907/0090710coreanos.htm

Em que planeta estamos vivendo?

Washington Novaes é jornalista - E-mail:
wlrnovaes@uol.com.br
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Em certos momentos, no Brasil, tem-se a impressão de viver em outro mundo, desligado das realidades globais e até locais que nos cercam. É o caso neste momento.Para ficar só no noticiário das últimas semanas, soubemos, todos, que o Vale do Itajaí - castigado pelos terríveis desastres climáticos no fim do ano passado - recebeu agora, em 24 horas, um volume de chuvas equivalente ao total que costuma cair no mês de julho, já com novos deslizamentos de encostas e topos de morros (Estado, 2/8). A Região Metropolitana de São Paulo teve em julho o maior volume de chuvas em 66 anos, com prejuízos também em outras áreas do Estado, para as culturas de café, cana, laranja e outras. Em Goiânia a temperatura média em julho foi a maior desde 1937, 3 graus acima da média normal, segundo o Inmetro. E o Painel Internacional de Especialistas em Megacidades, Vulnerabilidades e Mudança Climática Global advertiu que esses aglomerados urbanos já estão sofrendo muito com a intensificação das mudanças, principalmente porque formam "ilhas de calor" que atraem eventos extremos (Agência Fapesp, 24/7) e favorecem inundações, deslizamentos, congestionamentos, disseminação de doenças, veranicos e secas mais intensos, reflexos no abastecimento de água, maior demanda de serviços de saúde por idosos, aumento do número de mortos em consequência da poluição do ar. Chamou-se a atenção até para o fato de a temperatura da cidade de São Paulo ficar cerca de 3 graus acima da observada em seu entorno com mais vegetação.Fora do Brasil, a Índia teve de novo dezenas de milhares de desabrigados por chuvas intensas e desmoronamento de barragem, as Filipinas enfrentaram problema semelhante, o Vietnã e a China passaram recentemente por dramas da mesma natureza, até a República Checa. O jornal The New York Times chegou a publicar capa informando que os índios camaiurás, do Xingu, estão sofrendo com mudanças climáticas, que tornam escassa sua alimentação.Nada disso, entretanto, parece influenciar a posição brasileira nas negociações em busca de um acordo para reduzir as emissões de gases poluentes que intensificam as mudanças do clima. No II Encontro de Jornalismo, Política e Clima, promovido em Brasília pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância e pela Embaixada da Dinamarca, o representante do Itamaraty reiterou que nosso país não aceitará em Copenhague, nas negociações de dezembro, compromissos obrigatórios para reduzir suas emissões, embora já esteja entre os cinco maiores emissores. E os argumentos são os que vêm sendo repetidos há mais de uma década: o compromisso primeiro e maior é dos países industrializados, que emitem mais e há muito mais tempo (o que é verdade); aceitar compromissos de redução significaria para os "emergentes" (como o Brasil) o risco de afetar o desenvolvimento econômico (depende do tipo de desenvolvimento). Além do mais, esses compromissos não estariam incluídos no "mandato combinado" para as discussões na Dinamarca. Os países desenvolvidos, sim, precisariam aceitar compromisso de reduzir suas emissões em pelo menos 20% até 2020 e 80% até 2050.Mas acontece que, nestas próximas décadas, os "emergentes" já estarão emitindo mais que os industrializados, embora estes continuem com taxas de emissão per capita maiores que as dos emergentes. E embora permaneçam perguntas complicadas, como a que faz a China: onde devem ocorrer as restrições ou taxações, no país que produz (e aí emite) ou no que consome (os EUA consomem 35% das exportações chinesas)?De qualquer forma, parece inevitável que, com a gravidade crescente dos problemas, os emergentes acabem aceitando metas proporcionais. E aí cabe lembrar que o Brasil apresentou em 1997 (quando foi aprovado o Protocolo de Kyoto) proposta de calcular a porcentagem que cabe a cada país na concentração de gases que já estão na atmosfera; e, em seguida, atribuir a cada país uma taxa de redução proporcional a essa contribuição. Isso é justo, possível e ficou de ser mais estudado.A representante do Ministério do Meio Ambiente no encontro, embora também mencionasse a tese de que compromissos de redução de emissões podem afetar nosso desenvolvimento econômico, admitiu que é preciso definir caminhos para evitar que a temperatura do planeta suba além de 2 graus (a Agência Internacional de Energia acha impossível não chegar a 3 graus). E considera indispensável que o País defina uma estratégia que inclua um desenvolvimento baseado em nova matriz tecnológica e energética, que reduza emissões (estudo da Unicamp/WWF, já citado aqui, mostra que o Brasil pode ganhar 50% em sua matriz energética com eficiência e conservação, repotenciação de usinas antigas e redução nas perdas nas linhas de transmissão).É preciso repensar tudo com rapidez. Nossas emissões dobraram em relação ao que eram em 1994, diz sir Nicholas Stern, ex-economista-chefe do Banco Mundial e consultor do governo britânico. Há um novo inventário brasileiro com base em 2004 em preparação. Que dirá? "O Plano Nacional do Clima não avançou" (editorial da Folha de S.Paulo, 28/7). Os produtores de etanol já dizem que a produção diminuirá na próxima safra (Agência Estado, 1º/8).Na próxima semana começa em Bonn mais uma reunião preparatória para a de dezembro (haverá outras em Bangcoc e Barcelona). O governo dos EUA, antes refratário a discussões, admite (Reuters, 31/7) que estão sendo e serão "cada vez mais devastadores" os impactos do clima na agricultura e em outros setores. Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, lembra que sem a China não é possível chegar a acordo em Copenhague, mas o primeiro-ministro chinês não aceita compromissos. E o subsecretário-geral de Comunicação e Informação Pública da ONU, Kiyo Akasaka, adverte: o tempo para um acordo é cada vez mais curto (O Globo, 29/7). É preciso destapar os ouvidos. Fonte: REBIA Nacional / Estadão Online.

O Termo de Ajuste de Conduta e a Cafetinagem do Meio Ambiente

Luiz Prado Blog
Em Resende, na área de amortização do Parque Nacional de Itatiaia, calmamente, o Departamento de Estradas de Rodagem – DER do governo do estado do Rio de Janeiro asfalta uma estrada há muito existente. De repente, chega a fiscalização do IBAMA e a obra está interditada. Não se podem asfaltar estradas – ainda que antigas – sem uma licença ambiental, e esse tem sido tema de atrito entre a cúpula do governo Lula e o ministério do Meio Ambiente. Interditada a estrada, sentam-se as partes para “negociar”. Se a interdição foi feita em decorrência de um dano ao meio ambiente – isto é, ao interesse público, ao bem comum, indisponível, não poderia ocorrer “negociação”. Mas elas ocorrem e resultam num Termo de Ajuste de Conduta – TAC, figura que deveria ter por objetivo a restauração do dano causado.Mas não. No Termo de Ajuste de Conduta em questão acordam as partes que o responsável pelo asfaltamento da estrada poderá continuar o seu trabalho se mandar consertar um carro utilizado pela administração do Parque.Essa não é uma exceção. Bem ao contrário, já vem se tornando a regra há alguns anos, com ou sem a presença do Ministério Público. Como “compensação ambiental” os empreendedores doam carros, computadores e similares aos órgãos de meio ambiente. O que é que isso tem a ver com a tal da “compensação ambiental” é algo que ninguém sabe, mas todos vão para casa com a sensação de dever cumprido.O que diferencia esse tipo de comportamento das ações de uma milícia é que ele é sancionado pelas leis em vigor. Mas, fundamentalmente, faz-se “um ganho” em cima do empreendedor e de um suposto dano ao patrimônio comum totalmente desfrutável pela cafetinagem monopolista da burocracia encarregada da gestão ambiental, que dele se apropria nas mesas de “negociação”..

Fonte:http://www.portaldomeioambiente.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=1368

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O que não lhe presta, serve para alguém.

ORGANIZAÇÃO NÃO GOVERNAMENTAL – MEIO AMBIENTE
ONG - MEAMFUNDAÇÃO EM 14 DE NOVEMBRO DE 2005
SOB CNPJ Nº 07.693.051/0001-95
AVENIDA 7 DE SETEMBRO Nº 156, CENTRO , SÃO FIDÉLIS, RJ.
UTILIDADE PÚBLICA MUNICIPAL Nº 1.092/06
UTILIDADE PÚBLICA ESTADUAL Nº 5.475/2009
Ongmeam.blogspot.com

CAMPANHA DA ONG MEAM.
O que não lhe presta, serve para alguém.

Faça a sua entrega, de roupas usadas, brinquedos, remédios, calçados e alimentos não pereciveis, em uma das Delegacias da ONG MEAM, no Centro de Educação Ambiental, Cultural, Artístico, Social, Turístico e Esportivo da MEAM, localizado na Rua Cicinio Faria nº 356, Bairro São Vicente de Paulo, Municipio de São Fidélis-RJ.

Mantido pelos parceiros:

Bigode Veículos; Denisa Móveis; Global Serviços Técnicos; OPSOM; Igreja Segunda Chance; Associção Comercial e Agricola de São Fidélis.

Genilson de Souza Cabral nº 006

Presidente da ONG MEAM.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Quem se Beneficia com a Devastação da Amazônia?

A 15ª edição de Observatório Social Em Revista é resultado de nove meses de investigação jornalística que mostraram como funcionam redes de negócios implicadas em crimes ambientais e trabalhistas. As informações colhidas permitiram fechar os elos de uma corrente perversa, que começa no interior da floresta e termina na casa de consumidores em todos os continentes. Organizada em duas partes, a revista mostra as fraudes e os esquemas de desrespeito ao meio ambiente e aos trabalhadores dentro e fora do Brasil. Na primeira parte, é revelado um esquema milionário de exportação de madeira retirada ilegalmente da Floresta Amazônica, envolvendo as maiores empresas mundiais dos setores de pisos e móveis. A segunda parte mostra como funciona o comércio interno da devastação florestal, detalhando as irregularidades relacionadas aos mercados de madeira, soja e pecuária no Brasil. Por André Campos, Carlos Juliano Barros, Dauro Veras, Leonardo Sakamoto, Marques Casara, Paola Bello e Sérgio Vignes.
Para fazer o download da versão completa da revista, em arquivo de baixa resolução, clique aqui.Para fazer o download da revista em resolução mais alta, ideal para impressões destinadas a jornais murais e demais exposições públicas, clique aqui.Para baixar partes específicas, clique no link correspondente, no sumário a seguir:EditorialQuem se beneficia com a destruição da AmazôniaDevastação S/AEntrevista: Valmir OrtegaConexão São Paulo-Amazônia Quem ganha com a devastaçãoSão Paulo, consumidor vorazPecuária é setor problemáticoMais boi que genteSoja avança sobre Amazônia LegalPovos indígenas ameaçadosFinanciamento: investimento de riscoNotas institucionais
Fonte: 3Setor .

Lixo recolhido das ruas por crianças vira escultura em nome da paz e da ecologia

Monique Abrantes
A comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente ganhou novo contexto na Igreja PL – Perfecty Liberty, em Niterói, com o lançamento de um Programa de Educação Ambiental. No domingo dia 7 de junho, logo após a cerimônia de ‘Prevenção de Acidentes’, os adeptos tiveram orientação com Mestre Laerte Nicida, responsável pela igreja, e com o Biólogo Ricardo Harduim. Paralelamente, houve uma atividade de reflexão com as crianças. Após recolherem lixo e folhas na rua, confeccionaram uma escultura mostrando a realidade de hoje e as perspectivas das crianças na construção de um planeta mais saudável.
A idéia de se criar um programa de Paz Ecológica visa adequar o comportamento humano cotidiano em relação ao meio ambiente de forma a elevar a qualidade de vida. Com isso, a igreja busca construir uma expressão nos seus adeptos para que felicitem o próximo, tornando-os cada vez mais úteis à sociedade. A primeira etapa do Programa inclui o projeto de adequação do destino do lixo, do óleo usado e das pilhas e baterias, assim como questões relativas ao consumo de água e energia elétrica na Igreja. A proposta é que esta experiência seja levada para a vida de cada um em suas casas.Colaboração enviada pelo Prof. Ricardo Harduim –
fonte:http://www.portaldomeioambiente.org.br/pma/index.php?option=com_content&view=article&id=569

Varejo rejeita carne de áreas desmatadas

As redes varejistas Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar suspenderam a compra de carnes de 11 frigoríficos, apontados pelo Ministério Público Federal (MPF) do Pará como comercializadores de gado criado em área de devastação da Amazônia. Entre eles estão alguns dos maiores frigoríficos do País, como Bertin e Minerva.As redes resolveram tomar a atitude em conjunto, após a denúncia do MPF e da ONG Greenpeace. Segundo as redes varejistas, a iniciativa inclui a notificação dos frigoríficos, a suspensão de compras das fazendas denunciadas e exigências de guias de trânsito animal anexadas às notas fiscais dos frigoríficos. "Como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia", afirmaram em comunicado, assinado em conjunto com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras).No início do mês, o MPF ajuizou 21 ações civis públicas pedindo indenização de R$ 2,1 bilhões de pecuaristas e frigoríficos que comercializaram animais criados em fazendas desmatadas ilegalmente. Após isso, foram enviadas notificações a 69 empresas que compram insumos em área de desmatamento ilegal na Amazônia.Além das redes varejistas, estão na lista das notificações do MPF processadores de alimentos, como Sadia e Perdigão, e fabricantes de calçados, como a Vulcabras. A partir da notificação, as empresas devem parar de comprar os produtos ou serão corresponsabilizadas por crime de dano ambiental.
De acordo com o MPF, a área desmatada beira os 160 mil hectares. A identificação do gado proveniente das regiões de desmatamento só é possível graças à rastreabilidade. A Bertin informou, por e-mail, que recebeu a comunicação de suspensão de compra por parte do Pão de Açúcar, referente a produtos bovinos provenientes do Pará. Disse ter atendido à solicitação da rede, mas que "deve continuar a fornecer itens vindos de outras plantas da companhia". Segundo o frigorífico, grandes fabricantes de calçados, como Adidas e Timberland, procuraram-no para pedir informações sobre seus procedimentos de compra. A Bertin diz ter informado que todos seus fornecedores são legais e não constam da listas do Ministério do Trabalho e do Ibama. Essas listas condenam práticas semelhantes à escravidão e elencam as áreas embargadas por desmatamento. A Bertin informou ter excluído 165 fornecedores que estavam nas listas.
Perguntada sobre se não tem responsabilidade sobre as empresas das quais compra, a Bertin respondeu, em e-mail encaminhado pela assessoria de imprensa, que "a responsabilidade de fiscalização de desmatamento é dos órgãos públicos e a Bertin utiliza das informações disponibilizadas pelos mesmos para bloquear seus fornecedores".A Minerva não se manifestou sobre o assunto nesta quinta-feira. A Sadia informou que não havia recebido a notificação, mas que acatará a recomendação do MPF. Procuradas, Perdigão e Vulcabras não responderam à reportagem.

Fonte: REBIA Sul / Jornal do Comércio de POA - RS.

Cana-de-açúcar é beneficiada pelo aquecimento global mas pode ajudar a contê-lo

Estudos apontam que a cana-de-açúcar em altos níveis de gás carbônico tem maior produtividade. Segundo pesquisador, a área de lavoura pode ser menor, sobrando mais espaço para regeneração de florestas.O aumento da concentração de gás carbônico (CO2) na atmosfera terrestre pode trazer vantagens para a lavoura de cana-de-açúcar. Uma pesquisa desenvolvida pelo Laboratório de Fisiologia Ecológica de Plantas (Laifeco), do Instituto de Biologia da Universidade de São Paulo, mostrou que em altos índices de CO2, a cana cresce mais rápido e produz o dobro de biomassa. Segundo Marcos Buckeridge, fundador e diretor do Lafieco, como o aumento do gás carbônico é visto como um problema para o sistema do planeta, a vantagem é a possibilidade de uma área menor para o cultivo da cana, mas com alta produtividade para a geração de biocombustível e açúcar. Ele acredita que sobraria mais espaço as reservas legais obrigatórias para os agricultores.Os estudos com a cana-de-açúcar fazem parte de um experimento sobre a resposta de espécies vegetais às mudanças climáticas. A pesquisa simula a atmosfera estimada para 2050, com altas concentrações de gás carbônico e temperaturas até 6ºC mais altas. Observou-se que a cana apresentou o dobro de biomassa e 29% mais açúcar e fibras. O CO2 é o combustível da planta - ela o absorve e gera energia na forma de açúcar.Buckeridge explica que com as atuais emissões de gás carbônico, as florestas irão acumular mais carbono nos próximos anos, mas alerta que se as emissões mantiverem ou aumentarem esses índices, a temperatura da Terra subirá e a produtividade da cana poderá cair. As plantas têm uma temperatura limite que as ajuda a crescer, depois dela a queda de produtividade é vertiginosa. “O CO2 ainda vai trabalhar a nosso favor por mais uns 30 anos. O problema é encontrar o limite”, diz Buckeridge, que acredita não ser possível ainda determinar o limite de CO2 ou temperatura bons para a cana.Enquanto o gás carbônico estiver a favor da produção, para Buckeridge, haverá um ciclo importante. Mais cana sendo plantada significa mais biocombustível, uma fonte renovável de energia para substituir os combustíveis fósseis, como petróleo que emitem muito CO2 quando queimados. Por isso, a cana poderia reduzir a emissão do gás que potencializa o aquecimento global.Ao invés de tornar a alta produtividade de cana sob altos índices de CO2 num discurso de defesa ou descaso quanto ao aquecimento global, Buckeridge defende que todo o ganho obtido pela produtividade deve ser convertido em investimentos para evitar a expansão da fronteira agrícola, regenerar e preservar florestas. Se uma determinada quantidade de cana plantada produz mais biocombustivel, a área para seu cultivo não precisa ser expandida. Ele defende que assim, é possível criar corredores de floresta nativa no meio do canavial para manter parte do ecossistema.Buckeridge fez cálculos que mostram ser possível ter nas lavouras agrícolas os 20% de área de mata preservada obrigados por lei. É comum que agricultores não respeitem essa lei com o argumento de que ela restringe o lucro. “Se você ganha em produtividade, porque não plantar numa área menor e abrir espaço para os 20% de reserva legal?”, questiona.Se o Brasil investir nesse tipo de produção, Buckeridge acredita que o país será o exemplo de que é possível gerar biocombustíveis, controlar o problema das mudanças climáticas e ao mesmo tempo proteger as florestas. Ele defende um modelo de produção agrícola que não devaste totalmente áreas nativas mas que também não evite a todo custo a expansão da cana. “É um caminho do meio”, diz.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Mudanças Climáticas

5/5/2009
Por Por Raimundo Calado
O mundo inteiro esta se conscientizando que a poluição atmosférica causada por queimadas de florestas e plantações, queima de combustíveis fosseis, poluentes químicos e ate os gases emitidos pelos bovinos esta provocando um desequilíbrio climático grave cujas conseqüências são no mínimo imprevisíveis.
No entanto analisando tão somente o que se passa no setor de ar condicionado e refrigeração a única coisa que podemos ter certeza e que as mudanças virão e com força total. Vamos ter elevação dos níveis dos oceanos, morte do plâncton etc...
O setor que deu a partida a todo esse movimento foi exatamente o setor de ar condicionado e refrigeração com o Protocolo de Montreal. Ao ver a agressão a camada de ozônio todos se mobilizaram para mudar essa situação.
No Brasil não e assim, no inventario nacional de gases efeito estufa, os fluidos refrigerantes não são levados em consideração e isso é muito preocupante.
O Brasil importa perto de 15 mil toneladas de gases anualmente. Considerando que metade vai para a fabricação de produtos novos teríamos 7500 toneladas destinadas ao setor de serviços/manutenção. A isso temos de acrescentar o gás existente nos aparelhos descartados por idade ou por obsolescência e podemos supor que o total de gases jogados na atmosfera anualmente é aproximadamente equivalente a 30 milhões de toneladas de CO2 para calculo do efeito estufa.
Um quilo de R22 (gás mais usado hoje no pais) jogado na atmosfera equivale para efeito estufa ao CO2 gerado por um carro, em uso diário numa cidade como SP, em um ano
Ora isso nem consta do inventario de gases de estufa brasileiro. O programa brasileiro de eliminação dos CFC´s que supostamente deveria estar recolhendo e reciclando os gases usados no setor de manutenção tem resultados tão pequenos que o total reciclado no pais não deve chegar a 20 toneladas de fluidos refrigerantes por ano ou o equivalente a 0,25% do total usado.
Seria para rir se não fosse triste. O programa esta tão bem controlado para atingir a meta oposta ao que se propõe que as empresas que queiram reciclar gases encontram obstáculos quase intransponíveis e não recebem ajuda. As empresas apoiadas pelo programa e que receberam um investimento equivalente a 300 mil dólares não reciclam nem 0,02% .
Não há duvida o que comanda tudo são os interesses econômicos. Vender gás novo e mais importante que o preceito da precaução. Mais parece que o Protocolo de Montreal e o de Kyoto estão sendo usados no caso da refrigeração como um tremendo marketing para mudar os gases usados anteriormente por substancias novas e mais caras. Eles se tornaram melhor diretor de vendas dos fabricantes de gases.
Não satisfeito com a proeza acima o governo esta preparando um aprimoramento. Aproveitando o programa de troca de geladeiras velhas a pretexto de economizar energia e preocupado com o gás existente dentro dos equipamentos recebidos em troca dos novos o governo quer apoiar grandes grupos para que eles desmanchem as geladeiras recolhidas. Para isso terão de ser importadas maquinas caras e os pequenos desmanches serão alijados do processo. Tudo em nome do meio ambiente. Mas analisemos essa idéia do governo se tivermos uma grande maquina onde será instalada? Será provavelmente em SP e a geladeira do Maranhão vai ter de vir queimando combustível fóssil , usando estradas e caminhões provocando uma agressão ao meio ambiente talvez maior que a liberação do próprio gás.
Pior os desmanches continuarão sem receber apoio e usando técnicas arcaicas. Se isso e o que esta programado só Deus sendo brasileiro e morando aqui para nos ajudar.
As gerações futuras poderão testemunhar os efeitos da nossa inconsciência.

As Energias Solar e Eólica e a Independência Energética do Brasil

5/5/2009
Por Paulo Renato Torres Soares*
A independência de um país, tem na vertente da energia, parâmetro fundamental para ser realmente efetivada. O Brasil, há pouco tempo, teve o fornecimento de gás natural da Bolívia, repentinamente suspenso. As consequências se fizeram sentir de forma imediata, comprovando a dependência do país, da importação desta fonte de energia, não renovável, para o nosso desenvolvimento. Esta situação, poderia não ter ocorrido ou pelo menos, bastante minimizada, se nossa matriz energética, fosse mais diversificada. Matriz energética é por definição: o mosaico das diferentes formas de geração de energia produzidas por um país, objetivando sua autosustentação. O Brasil, apesar de possuir, uma insolação anual intensa, e também uma costa com grande potencial de ventos, está muito longe de chegar aos dois dígitos, quando consideramos as energias renováveis solar e eólica. As duas juntas, não chegam a 2%, da matriz energética brasileira.
Como explicar este fato ?
Avaliamos, considerando os quatro ”gargalos”, para um tipo de energia ser incorporado de maneira representativa na matriz energética de um país:
1-técnico: com relação a parte técnica, a engenharia e a ciência nacionais, são perfeitamente capazes de responder pelo incremento, cada vez maior, das energias solar e eólica no painel energético brasileiro.
2-econômico: os financiamentos e incentivos, para o real desenvolvimento destas energias, ainda são , na atualidade, muito pouco atraentes no Brasil, podendo ser citado o PROINFA, para a energia eólica, porém omisso em relação à solar.
3-político: é importante o incentivo da legislação brasileira, objetivando a necessidade do aumento do emprego destas energias renováveis. Podemos citar, entre outros, porém recente e aquém do necessário, as cidades solares, os municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Niterói , possuidores de projetos e leis relativas a energia solar. Destacamos , em escala federal, a lei de autoria do senador Renato Casagrande, para a implantação de 1 milhão da casas utilizando energia solar.
4-mídia: é fundamental a sua participação, visando a conscientização da viabilidade de inundarmos o Brasil com energia solar e eólica e, não, escamotearmos a verdade, como é feito há anos, pela mídia oficial, não permitindo a disseminação em nosso país, destas energias.
Neste primeiro encontro, comentando as energias solar e eólica, gostaria de salientar dois fatos mentirosos contrários à sua implantação:
1-as energias solar e eólica são caras: considero esta uma inverdade, transformada em fato, por quem não reflete e só repete informações.
Justifico: comprei em 1986, uma máquina de calcular, à energia solar, para quatro operações, sem ter tido mais nenhum gasto com ela, até hoje. Imaginemos se tivesse adquirido uma `a pilha ou bateria, o quanto teria custado e principalmente, quanto resíduo teria sido gerado e de difícil descarte. Será que em função destes gastos, já não teria me desfeito dela ?
Análise técnica: o custo inicial foi mais caro, porém durante a vida útil, o equipamento tornou-se mais barato, em termos financeiros e ecológicos.
2-estas energias não tem escala de produção: isto é também inverdade, pois para uma forma de energia ganhar escala , é necessário a existência de incentivos e o apoio de uma política séria, para a sua disseminação.
Análise técnica: a citada lei de implantação de 1 milhão de casas, utilizando energia solar, demonstrará esta situação fictícia de falta de escala, pois se hoje tivermos 1 milhão de casas, amanhã poderemos ter: dois, três...trinta milhões, bastando para isso tornar-se política de governo.
Saliento três resultantes importantíssimas das energias solar e eólica sendo realmente desenvolvidas em nosso país:
1-grande geração de empregos, em todos os níveis, desde engenheiros, técnicos e demais operários.
2-trata-se de uma atividade com resultados ambientalmente corretos, com uma tecnologia de ponta e não “lixos industriais”, impingidos pelas grandes potências, a países em desenvolvimento.
3-ao implantarmos sistemas solares e eólicos, não pagaremos mais as contas mensais de energia, cobradas pelas companhias de eletricidade, com aumentos cada vez mais frequentes e significativos.
Concluindo: é fundamental aumentarmos, a participação das energias solar e eólica na matriz energética nacional, para sermos de fato independentes e não um país à mercê da vontade e do arrogo de governantes de qualquer nação do planeta.
Gostaria de, ao terminar, salientar o apoio do Dr. Luis Firmino, Presidente do INEA, da Secretaria do Estado do Ambiente e do Governo do Estado, no sentido de disseminarmos as energias solar e eólica, no Estado do Rio de Janeiro.
Ficamos por aqui neste primeiro encontro. Agradeço às opiniões, a serem enviadas pelo e-mail:paulorents@globo.com
* Engenheiro do INEA (Instituto Estadual do Ambiente), Engenheiro Químico – UFF - Pós Graduação: Engenheiro Ambiental e Sanitarista – UERJ. Coordenou o Seminário: Soluções Para A Implantação Em Escala Comercial das Energias Solar e Eólica, uma promoção conjunta do INEA,CEPER/UERJ e CLUBE DE ENGENHARIA, realizado nos dias 27 e 28 de abril, no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro (RJ).

Fonte: http://portaldomeioambiente.win2.k8.com.br/noticias/2009/maio/05/3.asp

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Fórum Estudantil focará sustentabilidade

30/4/2009
ESTUDANTES PARTICIPAM DE SIMULAÇÃO DA ONU
Além da capital de São Paulo, estarão presentes escolas de Bragança Paulista (SP), Limeira (SP), Uberlândia (MG) e Vitória (ES)
A 15ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro de Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (COP-15) acontecerá em dezembro, na Dinamarca. Mas na Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) as discussões sobre a redução de emissões de poluentes e o documento que substituirá o Protocolo de Kyoto iniciam no fim do mês. Entre os dias 30 de abril e 03 de maio, diversos organismos internacionais estarão representados no campus para simular os principais temas da agenda internacional. A diferença é que cerca de 400 alunos do Ensino Médio de 30 escolas brasileiras serão os responsáveis pela argumentação e defesa dos interesses políticos e econômicos dos países que irão representar.
Trata-se do Fórum FAAP de Discussão Estudantil – simulação de organismos internacionais organizada anualmente pelos alunos da FAAP, que já está na sua quinta edição. Neste ano, o evento enfatizará a consciência sustentável e o debate quanto à recessão econômica global.
Para a simulação, as escolas são organizadas em grupos denominados delegações, que vão representar o corpo diplomático de uma país, defendendo a política externa em debates desenvolvidos em cada um dos Comitês de discussão. Cada instituição de ensino é representada por no máximo 16 alunos, além de uma dupla de estudantes, que farão a cobertura jornalística de um dos Comitês.
Além da COP-15, as escolas participantes irão simular reuniões de organismos como o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU), Conselho de Direito Humanos (CDH), Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Fundo Monetário Internacional (FMI), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Conselho da União Européia (CE) e a Assembléia Geral das Nações Unidas do Comitê de Desarmamento e Segurança Internacional (DSI).
No Comitê de Imprensa, os alunos representarão veículos de comunicação de diversos países, no qual terão a possibilidade de atuar como jornalistas e de vivenciar a redação de um jornal, seguindo a linha editorial de seus respectivos veículos de comunicação. Jornais como The Washington Post, Le Monde, Jerusalem Post e The Times of India fazem parte dos credenciados para cobertura fictícia do evento. A idéia é ressaltar o papel e a influência da mídia nas decisões internacionais e preservar cada vez mais a originalidade da simulação perante a ONU. Além disso, as matérias e reportagens dos jornais internacionais serão escritas em inglês ou espanhol, para dar mais veracidade ao trabalho.
O Fórum FAAP aborda sempre temas atuais, o que contribui para o aprendizado dos alunos participantes, tendo em vista que todos estão a caminho do vestibular. O principal objetivo do evento é promover os valores democráticos, de cidadania e tolerância, por meio de ferramentas pedagógicas que preparem os jovens para se tornarem líderes em suas comunidades e disseminadores destes princípios.
“Nenhum país é uma ilha e temos de educar cidadãos globais, com mentalidade universal e conhecimento dos problemas mundiais. Por esse motivo, o evento é importante porque desperta nos jovens as habilidades necessárias para enfrentar o mundo contemporâneo”, acrescenta o Embaixador Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da FAAP.
Na ocasião, uma tenda da ACNUR será exibida na FAAP. O objetivo é aproximar os estudantes da dura realidade enfrentada tanto pelos refugiados quanto por aqueles que trabalham pela manutenção e defesa dos Direitos Humanos em todo o mundo. A tenda será a mesma utilizada pela agência nos campos de refugiados, assim como os utensílios domésticos e de higiene pessoal.
Pequenos diplomatas
Além do aprendizado prático, com os debates e dinâmicas que simulam as negociações democráticas, os estudantes desenvolvem a oratória, o senso crítico, o poder de negociação, a desenvolver trabalho em grupo e o exercício de ouvir opiniões diferentes, crenças e religiões. O período de preparação dos alunos como diplomatas, por exemplo, é pautado num guia de estudos elaborado pelos Diretores dos Comitês do Fórum, que são alunos de graduação da FAAP.
Composto por informações, sugestões bibliográficas e dicas de sites de pesquisa, o guia proporciona aos alunos entender o contexto geral que irá compor o cenário das discussões desenvolvidas. A publicação traz ainda os deveres e as regras de procedimento parlamentar a serem adotadas durante os dias do evento. No site http://www.faap.br/forum_2009 é possível acessar o documento completo.
Os participantes poderão ainda aprimorar suas habilidades de conversação, escrita e compreensão em línguas estrangeiras. “Como o evento é configurado para que os jovens estejam imersos em um ambiente semelhante às principais reuniões, o aluno pode optar pela participação em comitês simulados em inglês e espanhol”, explica o Prof. Luiz Alberto Machado, vice-diretor da Faculdade de Economia.
Sustentabilidade
Considerando o tema desta edição, foram incorporados conceitos de sustentabilidade à estrutura do evento. A empresa Metacortex, por exemplo, fará a neutralização de carbono e gases de efeito estufa produzidos no Fórum FAAP. Será feito o cálculo de quanto cada participante potencialmente emitiria de gases de efeito estufa e, para cada aluno, será plantada uma árvore.
Além disso, todo o material utilizado – principalmente o guia de estudos – será feito de papel reciclado. Haverá também coleta seletiva do lixo produzido durante os quatro dias, e cada delegado receberá uma caneca personalizada do Fórum para ser utilizada reduzindo o uso de copos descartáveis.
Direitos Humanos
Em Comemoração aos 60 anos da Declaração dos Direitos Humanos, o Fórum FAAP promoverá ainda uma exposição no Museu de Arte Brasileira (MAB-FAAP) em homenagem ao artista plástico brasileiro Otávio Roth. Fotógrafo, papeleiro e xilogravurista, Roth teve sua produção artística fortemente influenciada pelos temas dos Direitos Humanos e Anistia Internacional. A obra exposta é a reprodução de um álbum produzido em 1978, que ilustra os 30 artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e que está atualmente exposta em três sedes da ONU. A Mostra estará em cartaz durante o evento e será aberta apenas aos participantes.
Histórico
Idealizado pelos alunos de Relações Internacionais da Fundação, com o apoio da FAAP, o Fórum FAAP de Discussão Estudantil teve a sua primeira edição em 2005 e contou com 270 estudantes vindos de 46 escolas de todo o Estado de São Paulo. Em 2006, o número de participantes subiu para 362 jovens oriundos de 34 escolas dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
Em 2007, o evento reuniu 398 alunos de 32 escolas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Norte. A maioria dos participantes nas três edições anteriores era do terceiro ano do Ensino Médio. No ano passado, o evento contou com 396 participantes de 33 instituições de ensino dos Estados de São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins.
A simulação de organismos internacionais teve sua origem logo após a Primeira Guerra Mundial. Desde então, instituições de diversos países organizam anualmente modelos como este. O Fórum FAAP é pioneiro em simulação educativa do Estado de São Paulo voltada a alunos do Ensino Médio.
O V Fórum FAAP de Discussão Estudantil tem o patrocínio das empresas Nestlé, Lequip, Banco Bradesco e Impacto Segurança, além de apoio institucional da prefeitura da Cidade de São Paulo, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Un Volunteers (Programa de Voluntários das Nações Unidas). E tem parceria com as seguintes empresas: Applebees, Bauducco, Casa do Pão de Queijo, Espaço Árabe, Intertur e Reinaldo Lourenço.
Confira os Comitês e Temas do V Fórum FAAP:
Primeiro Comitê da Assembléia Geral: Desarmamento e Segurança Internacional (DSI)Tema: A Transferência de Tecnologia Bélica
Conselho de Direitos Humanos (CDH)Tema: Tolerância Religiosa - Ocidente e Oriente
Conselho de Segurança das Nações Unidas – (CSNU)Tema: Crianças em Conflitos Armados
Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR)Tema: Os Refugiados da República Democrática do Congo
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)Tema: Desenvolvimento e Qualidade de Vida: Possibilitando Estruturar Políticas Públicas
Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15)Tema: As Mudanças Climáticas e do Desenvolvimento Humano
Fundo Monetário Internacional (FMI) Tema: Lidando com Crises no FMI
Conselho Europeu (CE)Tema: Políticas Européias de Imigração
Fonte: WNP - Fabiana Dourado.

Curso de Gerência de Projetos Sócio-Ambientais

30/4/2009
Cursos em Meio Ambiente - Instituto Ecológico Aqualung
Carga Horária: 18 horas/Data das aulas: 11 e 12 de maio de 2009
Programa
Discutir conceitos relacionados à estratégia de projetos e à tomada de decisão - Identificar tipos de projeto; Reconhecer as características de projetos ambientais; Identificar Projetos Estratégicos; Identificar elementos da Tomada de Decisão; Identificar nos projetos os aspectos relacionados a mercado, escala e localização. Analisar os conceitos relacionados aos aspectos humanos do projeto - Relacionar os principais aspectos humanos do projeto; Comparar os objetivos dos projetos versus objetivos pessoais; Caracterizar a Humanização em Projetos. Utilização dos sistemas de informação e programas de computador; Por que um projeto falha? Fundamentos do PMBOK; Exercício (em grupo); Considerações Finais.
Público-alvo
Este curso aplica-se aqueles que necessitam tomar decisões em gerenciamento de projetos utilizando sistemas de controle, tais como, responsáveis ou interessados em projetos sociais ambientais, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável: biólogos, sociólogos, engenheiros, advogados, administradores, analistas de informação, gestores e demais profissionais e estudantes interessados no tema. Os alunos devem ter conhecimentos básicos de operação no Windows, Word, Internet e (desejável) de Excel
Professor: Ilan Chamovitz - Doutorando em Engenharia da Produção (COPPE/ UFRJ); Mestre em Informática (IM-NCE/UFRJ); MBA em Tecnologia da Informação e Comunicação (FGV); Especialista em Análise de Sistemas (PUC-RJ); Bacharel em Administração (UFRJ); Professor em cursos de pós-graduação nas áreas de Gerência de Projetos, Gestão de Serviços e Análise/Melhoria de Processos; Coordenador de Gestão da Informação e do Conhecimento da Associação Brasileira de Endometriose.
Informações Gerais
Local: Na sede do Instituto Ecológico Aqualung - Rio de JaneiroDias das aulas: 2ª e 3ª feira, o dia todo
Data das aulas: 11 e 12 de maio de 2009
Horário das aulas: de 8h30min às 17h20min
Carga Horária: 18 horas/aulaValor do curso: R$ 320,00 (R$ 70,00 de inscrição + 2 parcelas de R$ 125,00, podendo ser pagos com Cartão de Crédito, Visa Electron, Rede Shop, Boleto Bancário, Cheque ou Depósito em conta)
- Os associados do Instituto (há pelo menos 6 meses) têm 15% de desconto no valor do curso.
- Os associados do Cartão Instituto Aqualung UNICARD têm 15% de desconto no valor do curso.
- Os profissionais registrados (e funcionários) no CRBio têm 10% de desconto no valor do curso.
Sala de Aula totalmente equipada, com Data Show (projetor), Telão, Televisão, DVD, Vídeo e Ar condicionado.Inclui, além da participação no curso: pasta exclusiva com material didático, bloco de papel e caneta; coffee-breaks; certificado de conclusão
OBS: A desistência e cancelamento da inscrição, com a devolução do correspondente valor pago, só poderá ocorrer até cinco dias antes do início do curso. A falta de pagamento de qualquer das parcelas que totalizam o valor do curso implicará na perda dos direitos referentes ao curso (freqüência e certificado de conclusão) e perda dos valores já pagos.
Coordenação: José Aurélio FerreiraOrganização geral: Marcelo Szpilman
Obs1: O INSTITUTO ECOLÓGICO AQUALUNG se reserva o direito de cancelar qualquer curso aqui descrito se não houver o número mínimo de inscrições que viabilize sua realização.Obs2: Todos os cursos aqui descritos poderão ser realizados “in company” para as empresas e instituições interessadas.
Curso de Análise de Risco em Segurança e Saúde Ocupacional - 18 horas/aula
Aulas: 2ª e 3ª feira, o dia todo em 04 e 05 de maio de 2009
Veja em www.institutoaqualung.com.br/curso_de_risco_ocupacional.html
Informações e InscriçõesInstituto Ecológico AqualungRua do Russel, 300 / 401, Glória, Rio de Janeiro, RJ. 22210-010Tels: (21) 2558-3428 ou 2558-3429 ou 2556-5030 Fax: (21) 2556-6006 ou 2556-6021E-mail: instaqua@uol.com.br Site: http://www.institutoaqualung.com.br
Turmas de apenas 20 alunos. Faça já sua inscrição!
Veja em www.institutoaqualung.com.br/curso_de_gerencia_projetos.html
Veja a programação completa
Cursos Presenciais www.institutoaqualung.com.br/cursos_presenciais_rio.html

fonte:http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2009/abril/30/2.asp

VI Fórum - Inscrições de minicursos, oficinas e pôsteres

30/4/2009
Prezadas e prezados amigos,
Conforme anunciado, já estão no ar os formulários para inscrição de minicursos, oficinas e resumos para pôsteres do VI Fórum Brasileiro de Educação Ambiental.
Podem acessar pelo site do evento: http://forumearebea.org/.
Será necessário preencher um cadastro no site para propor as atividades.
Os formulários para proposta de minicursos e oficinas estarão disponíveis do dia 27 de abril ao dia 20 de maio.
Cada participante poderá propor 1 oficina e 1 minicurso.
Os formulários para inscrição dos resumos para pôsteres estarão disponíveis do dia 27 de abril ao dia 25 de maio.
Cada participante poderá apresentar até 2 pôsteres como autor e 8 como co-autor.
Agradeço, em nome da Secretaria Executiva e de todos aqueles que estão envolvidos com o VI Fórum, a paciência pela demora.
Abraços a todes,
Declev Reynier Dib-FerreiraCoordenador da Secretaria Executiva VI Fórum Brasileiro de Educação AmbientalInstituto Baía de Guanabara / REBEAdeclev@baiadeguanabara.org.br21 9179-3953 / 21 8817-2615
Fonte:http://www.portaldomeioambiente.org.br/noticias/2009/abril/30/1.asp .

terça-feira, 21 de abril de 2009

A ecologia não é compatível com o capitalismo’, diz ativista francês

20/4/2009
Em um chat no Le Monde, 25-03-2009, José Bové, que encabeça a lista do sudoeste [da França] para as eleições europeias, calcula que só a junção Europa-Ecologia pode responder à atual “crise socioecológica do capitalismo”. A tradução é do Cepat.
Leon: Por que preferir a união dos ecologistas na frente de esquerda?
José Bové: Eu creio que o que hoje importa – e o vemos com a crise – é que nos damos conta de que a solução para a crise, e sua urgência, impõem que se responda à desorientação de milhões de pessoas que se encontram sem emprego, e portanto, sem recursos. E ao mesmo tempo, esta crise, que não é simplesmente social e econômica, é uma crise total do nosso modelo de desenvolvimento.
É o que nós chamamos de crise socioecológica do capitalismo. A partir desta constatação fica hoje evidente que a aproximação da reunião Europa-Ecologia é a única diretamente capaz de responder a estes dois níveis de crise. E, além disso, no conjunto dos componentes da Europa-Ecologia, o conjuntos dos participantes estão de acordo sobre esta análise, o que fez com que eu me engajasse nesta frente.
Archie: Como militante de suas campanhas e inclusive a presidencial, eu não entendo como você pode conciliar a ecologia com uma lista Europa-Ecologia, cujo centro político é o liberalismo com efeitos devastadores?
Eu creio que esta é uma visão caricatural que está sendo propagada da Europa-Ecologia. Com efeito, hoje, os ecologistas são os únicos que se engajaram numa luta para cassar Barroso da Comissão de Bruxelas. Em base a elementos não simplesmente ligados à ecologia, mas primeiramente sobre sua atitude em relação à desregulamentação social e em relação à colocação em risco dos direitos dos trabalhadores europeus e à sua vontade de querer desmantelar os serviços públicos.
Da mesma maneira, os parlamentares Verdes europeus, dos quais Daniel Cohn-Bendit é o co-presidente, querem a saída de Barroso também porque ele quis impor acordos de livre comércio com os países do Sul, e por ter forçado a extensão da política de livre comércio. Portanto, está claro hoje que a Europa-Ecologia, como eu sempre tenho dito, denuncia, denuncia através das crises atuais, o modelo capitalista nos seus desgastes sociais e ecológicos.
Melanie_Monjean: A questão ecológica ultrapassa as clivagens políticas?
Eu creio que a tomada de consciência em relação aos estragos causados hoje ao Planeta pode ser levada em consideração por todos os cidadãos, qualquer que seja sua pertença ou sua preferência política. Mas, a simples constatação não basta para dar respostas. E o modelo liberal, como este atual apoiado pela maioria na França ou na Europa, não responde à crise e não permite a saída dela.
David_Miodownick: Você acredita num eco-capitalismo?
De maneira muito clara, para mim a ecologia não é compatível com o capitalismo. Todas as ideologias produtivistas, tanto de direita como de esquerda, e os riscos ligados a este modelo, com o aquecimento climático que se acelera, mostram que é preciso mudar a lógica para repensar o futuro.
Isidore_le_bien-hereux: Ao entrar na arena política, você não está em vias de renunciar àquilo que é a sua especificidade, isto é, ocupar o terreno social?
Durante trinta anos, eu fui sindicalista, eu estive na origem da Confederação de Agricultores, fui porta-voz desta organização durante muitos anos, e assumi responsabilidades em nível internacional na Via Campesina. Hoje, me parece indispensável que os mais antigos que assumiram responsabilidades desse tipo assumam também a possibilidade de mudar as regras do jogo em nível europeu.
No que me diz respeito diretamente em relação à minha vida, a questão da política agrícola comum, que deve ser modificada em 2013, não pode me deixar indiferente. Nós temos uma chance histórica de reorientar a política agrícola da alimentação, e, assim também o futuro também da biodiversidade no continente europeu. Não se trata simplesmente de uma questão de melhoramento das políticas atuais, é isto sim, a necessidade de dar as costas ao modelo produtivista agrícola que eliminou milhões de agricultores, destruiu a qualidade dos alimentos e saqueou o ambiente. Além disso, é uma necessidade em relação ao futuro dos agricultores dos países do Sul, vítimas do dumping econômico. É, para mim, uma questão fundamental, e eu não posso ficar de braços cruzados.
David_Miodownick: Para você, Nicolas Hulot é um verdadeiro ecologista ou um aproveitador do espetáculo de cores ambiental?
Eu não gosto muito de falar dos outros. Contudo, eu conheço Nicolas Hulot há muitos anos e pude ver a evolução de seus posicionamentos, e devo reconhecer que em janeiro de 2008, quando fazíamos a greve de fome para conseguir a moratória sobre a cultura do milho transgênico, Nicolas Hulot não apenas nos apoiou, como se comprometeu de maneira muito firme com essa luta. Para mim, são os atos que contam, e é isso que me parece o mais importante.
Isidore_le_bien-hereux: A que você atribui a pouca credibilidade que os franceses dão, em termos eleitorais, aos movimentos ecológicos?
Eu não sei a partir de quais critérios você usa para esta afirmação, porque vemos em cada eleição local, comunal, regional, os ecologistas têm sempre bons resultados. Assim como em cada eleição os Verdes – e agora Europa-Ecologia – têm resultados que ultrapassam muitas vezes o que alguns observadores preveem. Eu creio que existe uma verdadeira tomada de consciência entre os cidadãos sobre essas questões de urgência ecológica e que, nas eleições desse tipo, os eleitores confiam nos ecologistas para contribuir com soluções para essas questões.
_resk1: Você se sempre declarou com sendo da esquerda libertária, mas você não foi entendido (completamente?) no caso de Tarnac. Por quê?
Eu dei, nos primeiros dias depois do estouro do caso de Tarnac, meu apoio e não é meu costume tomar o lugar daqueles que estão na luta. Por outro lado, eu sempre estou pronto para responder a qualquer apelo que me for feito para ampliar o movimento.
Eu me escandalizo com o fato de que uma pessoa ainda seja presa quando tudo indica que nós fomos levados a um engano organizado pelo Ministério do Interior para tentar justificar a tese terrorista. Através do caso de Tarnac, e também através de muitos outros atentados às liberdades, assistimos atualmente a uma degradação dos direitos humanos e a uma política de mais e mais segurança baseada no medo e na estigmatização.
Pims: Ao passo que diminui, você é a favor de um aumento do poder de compra?
Em relação à questão do poder de compra, eu creio que é indispensável colocar em prática medidas pontuais para o poder de compra, para permitir aos trabalhadores de salários mais baixos e às pessoas que se beneficiam de mínimos sociais ou de aposentadorias irrisórias de poder viver decentemente. Igualmente, é preciso colocar em prática uma moratória sobre as expulsões de moradias e uma proteção reforçada dos trabalhadores atualmente ameaçados de perder o emprego, porque eles não são responsáveis pela crise.
Eu gostaria, apesar de tudo, dar uma outra pista que é a respeito do fato de que se os sucessivos governos desse país nos últimos dez anos tivessem colocado em prática proposições ecologistas, poderíamos ter dividido por dois a fatura do aquecimento e dos combustíveis utilizados nas casas. As famílias poderiam ter economizado 36 milhões de euros, isto, 1,5 vez o plano de retomada de Sarkozy. Eu digo isso para mostrar que em situações de crise, necessita-se de respostas urgentes, mas que é preciso ao mesmo tempo prever a reconversão da economia e do modelo no qual nós vivemos.
Laure_1: O que você pensa das promessas de Barack Obama em matéria de proteção ambiental?
No momento, os dois elementos que parecem positivos são: em primeiro lugar, o fato de que o presidente dos Estados Unidos queira aceitar os acordos internacionais e participar de Kyoto e da Conferência de Copenhague. O segundo elemento positivo, são as declarações do presidente sobre o desenvolvimento massivo das energias renováveis, especialmente solar e eólica. Esses são os aspectos positivos.
Hoje, penso que é urgente que todos os cidadãos se mobilizem em vista das negociações de Copenhague, em dezembro próximo. Penso que essa será a cúpula mais importante desses últimos dez anos. Para o futuro do planeta, Copenhague é tão importante quanto Seattle em 1999. E a responsabilidade dos países industrializados, da Europa e da América do Norte, deve ser cobrada. Com efeito, os países ricos, que têm apenas 20% da população mundial, são responsáveis por 75% das emissões de gás de efeito estufa. É preciso, pois, que os países ricos assumam sua responsabilidade e a mutação de sua economia, e reconheçam através de acordos sua responsabilidade frente aos países do Sul.
Melanie_Monjean: O que você responde àqueles que reprovam o seu “circo midiático”?
É, hoje, difícil de responder a essa questão. Eu sempre me comprometi com ações de rosto descoberto e assumindo meus atos. E para que uma ação possa ter a capacidade de mudar uma situação, é preciso que se possa partilhar as razões da nossa mobilização com o maior número de pessoas. Eu não creio que seja necessário recusar a possibilidade de ter o eco mais amplo possível através dos meios de comunicação que existem.
cerrumios: Onde está a sua implicação nos atos de destruição do milho transgênico? Você é visto menos aí nesses últimos tempos...
Desde janeiro de 2008, foi tomada uma moratória das culturas de milho OGMs em campo aberto. Isso significa que para a safra 2008, e agora 2009, não há mais milho comercial OGM em campo aberto. Da mesma maneira, depois da última destruição de uma lavoura de milho OGM em Valdivienne, em agosto de 2008, não há mais experimentos em campo aberto autorizados em território francês. Com efeito, graças aos recursos que nós efetuamos no Conselho de Estado, todos os experimentos foram considerados inválidos pela jurisdição administrativa. Portanto, é lógico que nós não temos mais novas ações a propor, uma vez que não há OGMs que vão ser plantados em 2009 em terras francesas, nem comerciais nem experimentais por parte das empresas.
Entretanto, um novo risco está para surgir; é o ajuste de algumas empresas agroquímicas às novas variedades de colza e de girassol resistentes a um herbicida obtidas não por transgenia, mas por mutagênese. O risco ambiental é o mesmo, mas aqui, como para os OMGs há dez anos, não houve nenhum debate. Isso, para nós, é inaceitável.
Ilpiccolino: Nesses tempos confusos, em que a sobrevivência econômica torna-se prioritária para cada vez mais pessoas, você não acredita que a ecologia esteja sendo posta de lado?
De acordo com muitas as pessoas que eu encontro e as discussões que posso ter, inclusive nos transportes públicos, hoje, para muitas pessoas, parece evidente fazer a ligação entre a crise do poder de compra e a crise ligada à ameaça climática, por exemplo. Todos se situam em relação a si, mas também em relação aos filhos ou aos seus netos, e todas as pessoas me dizem que efetivamente há a necessidade de questionar esse modelo de desenvolvimento e desse modo de vida que nos joga contra o muro.
Djulian59: Se você fosse eleito deputado europeu, iria aderir ao Partido Verde? Como vislumbra uma atividade de eleito em relação a um mandato sindical?
Em primeiro lugar, antes de me candidatar, eu deixei todos os meus cargos sindicais, e especialmente, em outubro de 2008, meu cargo de porta-voz para a soberania alimentar na Via Campesina. Com efeito, não é preciso misturar as coisas, e é preciso assumir a mudança de maneira de agir. Se eu for eleito, como espero que aconteça, com ao menos outros dez candidatos do Europa-Ecologia, evidentemente, eu vou aderir ao grupo parlamentar dos Verdes europeus, que está aliado também com os eleitos regionalistas europeus. É uma escolha que seguramente foi feita pelo conjunto dos candidatos do Europa-Ecologia.
Entretanto, nós trabalharemos para tentar, como sempre digo, conseguir alianças para responder às crises e para lançar a ideia da realização de uma assembleia constituinte para construir efetivamente a Europa democrática que desejamos ter. Para nós, é indispensável que a Europa se transforme e que os cidadãos europeus possam, por meio da convocação de uma Constituinte, que será proposta pelo Parlamento Europeu, agir e votar para uma verdadeira transformação da Europa.
Cadastro de agrotóxico é burocrático, diz especialistaEstudo da Anvisa detectou a presença de defensivos irregulares nas amostras dos 17 produtos analisadosOs produtores de hortifrúti do País muitas vezes têm de recorrer ao uso de agrotóxicos não permitidos por falta de opção, afirmam especialistas. O cadastro de agrotóxico deve ser repetido para cada cultura e praga. Estudo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgado na quinta-feira, 16, detectou a presença de defensivos irregulares nas amostras dos 17 produtos analisados. Mas, com exceção da substância encontrada no abacaxi - o ometoato - todas têm o uso aprovado no País para outras culturas.
Jornal O Estado de S. Paulo
O pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e membro da Associação Brasileira de Horticultura (ABH) Wilson Tivelli explica que a lei que regulamentou o uso de agrotóxicos no Brasil, em 1989, determinou que os fabricantes de defensivos agrícolas teriam de realizar um registro diferente para o uso em cada cultura e contra cada praga. "Isso representa um custo extra para a empresa, que acaba optando por registrar seu produto apenas para as culturas de maior demanda."
Segundo José Otávio Menten, diretor executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), que congrega as produtoras de agrotóxicos, quando a empresa registra um produto, ela também fica responsável por acompanhar a cadeia produtiva e garantir que seu uso seja correto. "Isso dificulta o esforço para ampliar o registro, pois muitas vezes não há compensação financeira." A solução, segundo Menten, seria flexibilizar a legislação, permitido o registro do agrotóxico não apenas para uma cultura de cada vez, mas para um grupo de culturas semelhantes. Tivelli também é favorável à medida.
Agora EUA adimte que Gás carbônico é poluenteAgora é oficial. O gás carbônico (CO2) e outros cinco gases de efeito estufa foram decretados poluentes nos EUA, o que obriga pela primeira vez o maior responsável pelo aquecimento global a regular suas emissões.
Folha de S. Paulo
As conclusões são de um relatório de 133 páginas produzido por cientistas da EPA (Agência de Proteção Ambiental) americana e assinado ontem pela administradora do órgão, Lisa Jackson.
O documento, disponível na internet, afirma que as atuais e futuras emissões do conjunto de seis gases do efeito estufa na atmosfera "ameaçam a saúde pública e o bem-estar da geração atual e das futuras".
Além do CO2, fazem parte do pacote o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), os hidrofluorocarbonos (HFCs), os perfluorocarbonos (PFCs) e o hexafluoreto de enxofre (SF6) - o mesmo grupo de gases que o Protocolo de Kyoto, rejeitado pelos Estados Unidos, visa regular.
No decreto, Jackson afirma que as conclusões científicas que apoiam a chamada declaração de ameaça representada pelos gases são "convincentes e completas". A conclusão agora ficará em consulta pública durante 60 dias antes que qualquer proposta de regular as emissões seja publicada.
"Essa conclusão confirma que a poluição causada pelos gases-estufa é um problema sério para as gerações atuais e as futuras. Felizmente, ela segue o pedido do presidente Obama por uma economia de baixo carbono e uma forte liderança no Congresso em relação à legislação de energia e clima", declarou a chefe da EPA.
Jackson acrescentou que combater os gases que causam a mudança climática ajudaria a criar milhões de empregos e a reduzir a dependência americana de petróleo estrangeiro, ao estimular o desenvolvimento de uma indústria energética e de transportes limpa.
Cercando o problema
O decreto de ontem é a resposta da EPA a uma determinação da Suprema Corte dos Estados Unidos de 2007 para que a agência determinasse se o CO2 é um poluente atmosférico ou não. Os cientistas da agência concluíram que sim, mas a administração de George W. Bush suprimiu as conclusões e não fez nada a respeito.
A conclusão da EPA permitirá que os seis gases-estufa sejam regulados pelo Clean Air Act, a mesma lei que limita a emissão de outros poluentes do ar, como o enxofre, independentemente de o Congresso americano aprovar ou não uma lei de corte de emissões.
Foi o Congresso que se recusou a ratificar o Protocolo de Kyoto, ainda no governo Clinton. E projetos de lei que estabelecem um sistema de "cap-and-trade" (ou seja, que limite as emissões e permita o comércio de cotas de poluição) têm falhado em conseguir a maioria de dois terços necessária para sua aprovação pelo Senado. Um deles foi derrubado pelos Republicanos em 2008. Há outro em apreciação na Câmara, cuja aprovação poderia esvaziar uma eventual ação da EPA.
Obama e Jackson têm dito que preferem que o Congresso legisle sobre o tema. Ambientalistas e parlamentares favoráveis ao corte de emissões comemoraram a medida da EPA.
"A decisão vira o jogo", disse o deputado democrata Ed Markey, que está ajudando a definir a nova legislação. "Não é mais uma escolha entre fazer uma lei ou não fazer nada."
"A poluição de efeito estufa de nossos carros e usinas de energia leva a ondas de calor assassinas, furacões mais fortes (...) e várias outras ameaças diretas e indiretas à saúde", disse David Doniger, advogado do Conselho de Defesa dos Recursos Naturais. Referindo-se ao governo Bush, ele emendou: "A era de desafiar a ciência e a Suprema Corte acabou."
Já o presidente da Associação Nacional das Indústrias, John Engler, ataca a EPA. Para ele, regular gases-estufa pelo Clean Air Act "custa empregos" e "impõe mais um fardo a uma economia combalida, fazendo pouco ou nada pelo ambiente".
Fonte: Unisinos / Imprensa MST.